Análise mostra que água de poço artesiano tem grande índice de contaminação

Discutir o uso da água para o abastecimento comunitário e sua qualidade. Esse foi o principal assunto debatido pelo Comitê da Bacia do Rio Jacutinga, com representantes do município em Audiência Pública, realizada na quarta-feira, dia 22, em Ipumirim.

A Bacia do Rio Jacutinga atende 19 municípios e atualmente está se reunindo com os representantes de cada região para mostrar a quantidade e qualidade da água existente. Para isso, foram colhidas informações de águas superficiais com análises de rios e fontes, além de águas subterrânea coletadas em poços artesianos.

O resultado dessa análise tem preocupado os responsáveis: O caso mais preocupante está na quantidade de impurezas encontradas. Dentre os principais danos, 61% são coliformes, desses cerca de 17% coliformes fecais e o restante de outros tipos, mas não menos prejudiciais. Foram analisados cem poços da região que é utilizado para consumo humano, onde um número considerável de pessoas utiliza em sociedade para o abastecimento.

Atualmente em Ipumirim, existem cem poços em funcionamento. Em seis deles, foram coletadas amostras. Conforme o presidente do Comitê do Rio Jacutinga, Vilmar Comassetto, a ideia é propor algumas ações e projetos que os municípios possam executar para melhorar a qualidade e manter a quantidade de água não comprometendo o abastecimento principalmente em períodos de estiagem. “Precisamos garantir que essas comunidades tenham água suficiente e de qualidade implantando medidas simples como captação de água das chuvas, preservação de fontes e cuidado com a qualidade e desinfecção de poços”.

Comassetto ressalta ainda que a participação da Vigilância Sanitária e dos técnicos da prefeitura interagindo com as próprias famílias usuárias possa facilitar o trabalho de monitoramento e principalmente de desinfecção. “Esse tipo de ação é necessária principalmente nessas comunidades onde há o sistema alternativo onde inúmeras pessoas são usuárias”, finaliza o presidente.